“DNA ajuda a recriar cor das penas de ave gigante extinta”
Ciência:
História
NÃvel: Básico/Curiosidade
Um método engenhoso permitiu que pesquisadores reconstruÃssem a plumagem de algumas espécies de moas, aves gigantes que desapareceram da Nova Zelândia e chegam a mais de 3 m de altura. O mais engraçado é que os bichos provavelmente eram rajadinhos, mais ou menos como uma codorna de hoje, apesar de seu tamanho avantajado.
A pesquisa liderada por Nicolas J. Rawlence, da Universidade de Adelaide (Austrália), está na revista cientÃfica britânica “Proceedings of the Royal Society B”. Rawlence e companhia descobriram que é possÃvel obter DNA das penas dos moas, achadas em sÃtios paleontológicos e arqueológicos neozelandeses. (Como os moas foram extintos há apenas 700 anos, provavelmente por causa da caça praticada pelas tribos maoris, é relativamente comum achar as penas das aves gigantes.)
O DNA das penas permitiu que os pesquisadores associassem os restos a várias espécies diferentes de moas, cujo material genético já havia sido identificado em ocasiões anteriores. Sabendo a que espécie pertencia cada tipo de pena, veio a segunda etapa: saber como a cor delas tinha se alterado ao longo do tempo.
A sorte dos especialistas é que uma espécie ainda existente de periquito tinha suas penas encontradas com frequência junto com as dos moas. Graças a isso, eles criaram uma escala de esmaecimento das cores — uma medida de quanto e como a cor das penas fica desbotada com o passar do tempo.
A partir disso, os especialistas reconstruÃram com bom grau de precisão a cor original das penas dos moas. Eles acreditam que a cor rajada era uma forma de clamufagem contra o principal predador dos bichos, a enorme águia-de-haast, uma ave de rapina cuja envergadura das asas ultrapassava os 3 metros.
Fontes:
– http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1213531-5603,00.html